sábado, 19 de novembro de 2011

VÍDEOS SOBRE O TEMA!


CONSCIÊNCIA NEGRA










LITERATURA INFANTIL!!!

Sugestões para a Literatura Infantil



Sinopse 
Diversidade 
 Tatiana Belinky
Cada pessoa é de um jeito. A colocação é feita para a criançada, que aprende aqui a reconhecer e respeitar as diferenças. Através de versos simples e graciosos e ilustração caprichada, essa lição é transmitida em forma de brincadeira. 


Sinopse
Menina Bonita do Laço de Fita
 Ana Maria Machado
Um coelho branco apaixonado por uma criança negra. Isso é possível? Sim, e a comprovação está nas páginas do livro Menina bonita do laço de fita, de Ana Maria Machado. Nosso coelhinho, aliás, vai além: quer também ter a pele escura, igualzinha à da linda menina.
O simpático coelhinho faz de tudo para conseguir seu intento: entra numa lata de tinta preta, come jabuticabas até passar mal e toma inúmeras xícaras de café. Tudo em vão!
Entretanto, quando a lindíssima mãe da criança entra em cena, tudo se explica para o curioso animal. Daí para a frente, o coelho segue um caminho natural que o leva a se aproximar cada vez mais de sua admirada criança negra e do seu objetivo de ter os pêlos escurecidos.
Além do caráter lúdico de sua criação, a autora coloca em cena, nesta obra, diversos aspectos muito debatidos nos dias de hoje, como a auto-estima das crianças negras e a fraternidade inter-racial. Razão suficiente para tornar Menina bonita do laço de fita um excelente livro infantil, com alta dosagem de sensibilidade.



Sinopse 
 Tudo Bem Ser Diferente 
 Todd Parr
Depois do grande sucesso nos EUA, a Panda Books trouxe Todd Parr para divertir e formar as crianças do Brasil. Tudo bem ser diferente trabalha com as diferenças de cada um de maneira divertida, simples e completa, alcançado o universo infantil e abordando assuntos que deixam os adultos de cabelos em pé, como adoção, separação de pais, deficiências físicas e preconceitos raciais, entre outros.





Sinopse 
 O Menino Marron 
 Ziraldo
[...]"conta a história de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos". "Sua pele era cor de chocolate. As bolinhas dos olhos pareciam duas jabuticabas: pretinhas. Os cabelos eram enroladinhos e fofos. Pareciam uma esponja".


Sinopse 
 Luana - A Menina que viu o Brasil Neném 
Aroldo Macedo & Oswaldo Faustino
Luana é a primeira heroína afro-brasileira de nosso país. Ela tem oito anos, corpinho ágil e gracioso, sorriso doce e adora lutar capoeira. Com seu berimbau mágico, ela se transporta para outras épocas e lugares, nos levando a descobertas inacreditáveis. Entre outras coisas, nos ensina o valor da nossa cultura e a importância das diferentes raças na formação do povo brasileiro. Neste livro, Luana nos conduz a uma deliciosa aventura no instante exato do Descobrimento do Brasil. Embarque ao som do berimbau e boa viagem!



INCENTIVE A LEITURA INFANTIL!!

 LEIA SEMPRE PARA UMA CRIANÇA!!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

A Temática Negra no Contexto Escolar

O dia da Consciência Negra também põe em pauta a importância de discutir a temática negra na escola. A inclusão de assuntos ligados à África e ao povo negro na educação formal é uma das estratégias para reconhecer a presença desse grupo na história do Brasil - os negros correspondem a 6,8% da população brasileira segundo o IBGE, mas os chamados "pardos" chegam a um número próximo da metade da população brasileira. Não à toa, escolas e instituições diversas já reconhecem a importância de trabalhar a cultura negra em seu dia a dia.

Hoje, a lei brasileira obriga as escolas a ensinarem temas relativos à história dos povos africanos em seu currículo. Além disso, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) estabelecem que a diversidade cultural do país deve ser trabalhada no âmbito escolar. "A sociedade em que vivemos valoriza outro estereótipo, o que resulta na invisibilização do negro. Isso tem um efeito bastante perverso: as crianças negras nunca se vêm e o que elas olham é sempre diferente delas", explica Roseli, que coordenou o grupo responsável pelo documento sobre Pluralidade Cultural nos PCNs. "A pluralidade cultural é um tema que pode ser abordado de forma transversal, em várias disciplinas", conclui. Estratégias simples, como a introdução de bonecas negras, podem ter um efeito positivo para reforçar a identificação cultural dos alunos negros. "Revelar a África pela própria visão africana também surte efeito. O continente produz cultura, histórias e mitologia, o que a perspectiva eurocêntrica não nos deixa ver", diz Oswaldo de Oliveira Santos Junior, pesquisador do Núcleo de Educação em Direitos Humanos da Universidade Metodista de São Paulo. 

Consciência Negra nos Materiais Didáticos

A oferta de materiais didáticos que contemplem o negro já foi bem pequena, mas tem crescido nos últimos anos. "Ainda é preciso usar muito material alternativo, mas a oferta tem crescido gradativamente, principalmente entre as grandes editoras", afirma Antonio Carlos Billy Malachias, coordenador do Programa de Educação e Políticas Públicas do Ceert. Finalista da 4ª edição do Prêmio Educar para a Igualdade Racial, a professora Ellen de Lima Souza, da Escola Orbe, de Marília (SP), utilizou o livro O Menino Marrom, de Ziraldo, para tratar o tema da igualdade racial nas turmas de Educação Infantil. Os alunos reconstruíram a personagem confeccionando um boneco em sala de aula e criaram finais diferentes para a história de Ziraldo. Como resultado, a temática das relações étnico-raciais passou a ser mais valorizada na escola como um todo. Assim como livros, também há jogos e brincadeiras que podem ser usados para ampliar os conhecimentos dos alunos sobre a cultura africana. Um dele é o yoté, um jogo de estratégia muito popular na região oeste da África que desenvolve o raciocínio e a capacidade de observação.

Consciência Negra na Lei

Em 2003, a lei nº 10.639/03, tornou obrigatório o ensino da História e da Cultura Afro-Brasileira em todas as escolas de ensino fundamental e médio do país. A imposição se aplica a instituições públicas e privadas. A partir da sanção dessa lei, as escolas brasileiras passaram a ter que implementar o ensino da cultura africana, da luta do povo negro no país e de toda a história afro-brasileira nas áreas social, econômica e política. O conteúdo deve ser ministrado transversalmente, em todo o currículo escolar, com ênfase nas áreas de História Brasileira, Educação Artística e Literatura. "Essa lei é uma reivindicação muito antiga e altera a Lei de Diretrizes e Bases", afirma Roseli Fischmann, coordenadora do grupo responsável pelo documento sobre Pluralidade Cultural dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), professora da USP e da Universidade Metodista de São Paulo. "A legislação faz justiça à contribuição que esse grupo esquecido, mas importante, deu ao país", explica ela, que também é expert da Unesco para a Coalizão Internacional de Cidades contra o Racismo e a Discriminação. Segundo Roseli, a lei é um passo importante para o reconhecimento presença histórica dos negros no Brasil e no combate ao racismo. "Uma das formas de discriminar um grupo é silenciá-lo, tornando-o invisível. Isso aumenta o desconhecimento e estimula o preconceito e ignorância".

Quem foi Milton Santos

Milton Santos



Milton Santos (1926-2001) é, por consenso, o maior nome da geografia em nosso país. Mas o alcance de suas idéias vai muito além do estudo dessa disciplina - cujas feições entre nós foram, em boa medida, definidas por ele. Professor da USP e da Universidade Federal da Bahia, entre outras instituições do Brasil e do exterior, presidente da Associação dos Geógrafos Brasileiros, foi preso durante o regime militar, exilando-se depois na França. De volta ao país em 1978, passaria a ter papel mais decisivo ainda no debate de idéias que levaria o Brasil, pouco a pouco, a um Estado democrático. E continuaria, até o fim da vida, criticando as aberrações da globalização, cujos efeitos soube teorizar com rara lucidez. Entre seus mais de 20 livros e centenas de artigos, incluem-se 'Por uma Geografia Nova' (1978), 'Espaço e Método' (1985), 'Por uma Economia Política da Cidade' (1994) e 'Por uma Outra Globalização' (2000).

Fonte: http://publifolha.folha.com.br/catalogo/autores/441/

sábado, 5 de novembro de 2011

DICAS DE MAQUIAGEM PARA A PELE NEGRA

Olá Meninas!

Vejam algumas dicas de Bruna Tavares para embelezar ainda mais a pele negra! 

 

 

DOURADO E AMEIXA

maquiagem dourada boca vinho ameixa negras
Um visual sofisticado e sexy na medida. Invista na combinação certeira de sombras em tons quentes: dourado, bronze e marrom. Na boca, ameixa, vinho ou vermelho. Pó bronzeador e iluminador com pigmentos dourados garantem o visual radiante!

PINK POP GLAM

batom pink negras
Combine a boca pink vibrante com um olho delineado e esfumadinho com lápis. Maçãs com blush cor de pêssego complementam o visual pop/glam que o rosa imprime!

Muito verde e azul

verde azul maquiagem negras
Ouse nas sombras verde e azul! Fuja dos tons claros e escolha sempre os coloridos intensos. Verde musgo com marrom e preto fica divino. Outra opção é esfumar um lápis verde-azulado rente aos cílios. Sinal verde para blushes avermelhados. Para finalizar, boca nude, que realça com bom gosto a pele mulata e negra. Lindo!

PÊSSEGO, ROSA E VINHO

vinho cranberry rosa pêssego negra maquiagem pele
Uma ótima opção para o make de natal. Nos olhos, três tons em degradê: pêssego, rosa avermelhado e vinho. Maçãs bronzeadas e com iluminador dourado. Batom cor de boca, rosado ou puxado para o nude. Esse olho bafão também funciona com boca rosinha apagada. A dica é aplicar o batom com leves pinceladas e aos poucos, para o constraste com a pele não ficar gritante.

VITRINE DE PRODUTOS

pele negra vitrine maquiagem

1. Trio Golden / Rust / Bronze - NYX - Preço sob consulta
2. Tropique Minérale Pinceau Magique - Lancôme - R$214
3. Sombra cor Noite - Duda Molinos - R$27,60
4. Dream Mousse Blush cor Cloud Wine - Maybelline - R$24,90
5. Sombra cor Sketch - M.A.C - R$71
6. Batom nas cores Viva Pink e Naked - Yes Cosmetics - R$19,90
7. Sombra cor Raisin - Mary Kay - R$19,00
8. Batom Mate cor 10 - Vult - R$9,10
9. Batom Pink Mate e Raspberry Mate - Contém 1g - 24.90
10. Sombra cor Humid - M.A.C - R$71
11. Batom cor Hug Me - M.A.C - R$71
12. Trio cor California Cool - B Side - R$46
13. Blush cor Frankly Scarlet - M.A.C - R$91
14. Iridescent Powder / Loose (iluminador) cor Golden Bronze - M.A.C - R$99

Pronta para arrasar?
Beijos e siga @glossonline

Publicado em: 26/11/2010 18:13

Por: Bruna Tavares

Fonte: http://gloss.abril.com.br/beleza/conteudo/maquiagem-beleza-negra-mulata-610692.shtml



CULINÁRIA AFRO - BRASILEIRA

Abará


Bolinho de origem afro-brasileira feito com massa de feijão-fradinho temperada com pimenta, sal, cebola e azeite-de-dendê, algumas vezes com camarão seco, inteiro ou moído e misturado à massa, que é embrulhada em folha de bananeira e cozida em água. (No candomblé, é comida-de-santo, oferecida a Iansã, Obá e Ibeji).






Aberém


Bolinho de origem afro-brasileira, feito de milho ou de arroz moído na pedra, macerado em água, salgado e cozido em folhas de bananeira secas. (No candomblé, é comida-de-santo, oferecida a Omulu e Oxumaré).





Abrazô


Bolinho da culinária afro-brasileira, feito de farinha de milho ou de mandioca, apimentado, frito em azeite-de-dendê. 









Acaçá


Bolinho da culinária afro-brasileira, feito de milho macerado em água fria e depois moído, cozido e envolvido, ainda morno, em folhas verdes de bananeira. (Acompanha o vatapá ou caruru. Preparado com leite de coco e açúcar, é chamada acaçá de leite.) [No candomblé, é comida-de-santo, oferecida a Oxalá, Nanã, Ibeji, Iêmanja e Exu.] 




Ado


Doce de origem afro-brasileira feito de milho torrado e moído, misturado com azeite-de-dendê e mel. (No candomblé, é comida-de-santo, oferecida a Oxum). 



 

 Aluá



Bebida refrigerante feita de milho, de arroz ou de casca de abacaxi fermentados com açúcar ou rapadura, usada tradicionalmente como oferenda aos orixás nas festas populares de origem africana.

 

 

 Quibebe


Prato típico do Nordeste, de origem africana, feito de carne-de-sol ou com charque, refogado e cozido com abóbora.

Tem a consistência de uma papa grossa e pode ser temperado com azeite-de-dendê e cheiro verde.




Fonte: www.cdcc.sc.usp.br



APRENDA COMO FAZER ESSAS DELICIOSAS RECEITAS!

BOM APETITE!!!

Aluá


Tempo de preparo: 20 min
Rendimento: 05 porções
Dificuldade: fácil
Receita Típica da: Bahia

Ingredientes da Receita de Alua de Milho ou Abacaxi
5 espigas de milho grandes
(ou casca de dois abacaxis)
açúcar mascavo
água
gengibre

 Como Fazer Alua de Milho ou Abacaxi
Modo de preparo: Torre uma parte do milho, sem deixar pipocar. A outra parte fica ao natural. Triture o milho torrado e coloque as duas quantidades numa vasilha de barro para fermentar durante o período mínimo de sete dias.
Junte o açúcar mascavo para apressar a fermentação. Fermentado, coe e ponha um pouco de gengibre pisado e açúcar a gosto.
No caso do abacaxi, basta colocar as cascas de infusão, da mesma maneira e por igual período. Adoçar e servir.

Quibebe

Tempo de preparo: 40 min
Rendimento: 08 porções
Dificuldade: fácil
Receita Típica de: Paraíba

 Ingredientes da Receita de Quibebe Paraibano
1 kg de charque gordo
4 colheres (sopa) de manteiga de garrafa
6 cebolas médias picadas
6 dentes de alho amassados
1 pimenta-dedo-de-moça picada
1 pedaço de jerimum de 1,5 kg descascado, sem fibras e cortado em cubos

 Como Fazer Quibebe Paraibano
Modo de preparo: Efervente a carne, limpe a carne e corte-a em cubos.Em uma panela, coloque manteiga, aqueça em fogo alto, junte cebola, alho, deixe dourar levemente, acrescente o charqeu, pimenta-dedo-de-moça, misture bem, tampe a panela e cozinhe, juntando água quente aos poucos, até que o charque fique quase macio. Junte o jerimum, misture, continue o cozimento até que o charque e o jerimum fiquem macios e o molho engrosse.Tire do fogo.


Abará
Tempo de preparo: 1 h
Rendimento: 15 porções
Dificuldade: moderada
Receita Típica da: Bahia
Ingredientes da Receita de Abará
1 quilo de feijão fradinho
½ quilo de cebola
1 colher de sopa de sal
1 xícara de camarões defumados
½ xícara de azeite de dendê
pimenta
 
Como Fazer Abará
Modo de preparo: Coloque de molho o feijão fradinho de um dia para o outro. Esfregue para soltar as cascas e lave para eliminá-las. Passe num moedor junto com a cebola e, depois, bata até ficar uma massa leve. Tempere com sal, camarão seco moído, pimenta e azeite de dendê. Ponha folhas de bananeira na chama, em pedaços de 20x25 centímetros e embrulhe porções da massa. Cozinhe no vapor do cuscuzeiro. Sirva com molho de acarajé.

Aberém

Rendimento:6 porções
Rendimento: 08 porções
Dificuldade: fácil

2 xícara(s) (chá) de canjica
quanto baste de sal
quanto baste de açúcar
quanto baste de folha de bananeira

Modo de Preparar
De véspera, deixe o milho de molho em água fria. No dia seguinte, cozinhe-o em uma panela com pouco de água, 1 pitada de sal e outra de açúcar. Quando o milho amolecer, bata-o no liquidificador, moa ou passe pelo processador. Corte folhas de bananeira em tirasver vídeo de 10 cm de largura e passe-as na chama do fogão para amolecer. Coloque 1 colher de sobremesa do minguau sobre cada tira, enrole e amarre as pontas Mergulhe-os numa panela com água fervente e cozinhe por alguns minutos.

Dicas
O aberém pode ser usado também como acompanhamento para pratos salgados ou como sobremesa. Neste caso, adicione à mais açúcar e um pouco de leite de coco.


Acaçá

Dificuldade: fácil
Receita Típica da: Bahia

Ingredientes da Receita de Acaçá
1/2kg de milho branco ou amarelo deixado de molho em água de véspera
1 litro de água
Folhas de bananeira


Como Fazer Acaçá

Modo de preparo: Colocar o milho no liquidificadore bater.

Deixar descansar por uma noite para azedar.
No dia seguinte, passar por um pano ou peneira bem fina.
Levar aofogo, mexendo bem até engrossar.
Se engrossar demais e omilho ainda estiver duro, vá acrescentando água.
Separar pequenas porções e fazerpacotinhos com pedaços de folha de bananeirapreviamente passados pela chama.




Aquarela do Brasil/ Nega do Cabelo Duro - Elis Regina



Ah! Ouve essas fonte murmurantes
Onde eu mato minha sede
E onde a lua vem brincar
Ah! Esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil, brasileiro
Terra de samba e pandeiro

Brasil, pra mim, Brasil,
Brasil, pra mim

Nega do cabelo duro
Qual é o pente que te penteia
Qual é o pente que te penteia

Qual é o pente que te penteia, ô nega

Teu cabelo está a moda
E o teu corpo bamboleia
Minha nega, meu amor
Qual é o pente que te penteia, ô nega

Brasil, pra mim, Brasil, pra mim
Brasil

Negros - Adriana Calcanhotto (Música)


O sol desbota as cores
O sol dá cor aos negros
O sol bate nos cheiros
O sol faz se deslocarem as sombras
A chuva cai sobre os telhados
Sobre as telhas
E dá sentido as goteiras
A chuva faz viverem as poças
E os negros recolhem as roupas
A música dos brancos é negra
A pele dos negros é negra
Os dentes dos negros são brancos
Os brancos são só brancos
Os negros são retintos
Os brancos têm culpa e castigo
E os negros têm os santos
Os negros na cozinha
Os brancos na sala
A valsa na camarinha
A salsa na senzala
A música dos brancos é negra
A pele dos negros é negra
Os dentes dos negros são brancos
Os brancos são só brancos
Os negros são azuis
Os brancos ficam vermelhos
E os negros não
Os negros ficam brancos de medo
Os negros são só negros
Os brancos são troianos
Os negros não são gregos
Os negros não são brancos
Os olhos dos negros são negros
Os olhos dos brancos podem ser negros
Os olhos, os zíperes, os pêlos
Os brancos, os negros e o desejo
A música dos brancos é negra
A pele dos negros é negra
Os dentes dos negros são brancos
A música dos brancos
A música dos pretos
A música da fala
A dança das ancas
O andar das mulatas
"O essa dona caminhando"
A música dos brancos é negra
Os dentes dos negros são brancos
A pele dos negros é negra
Lanço o meu olhar sobre o Brasil e não entendo nada


Fonte: http://letras.terra.com.br/adriana-calcanhotto/87091/